domingo, 7 de agosto de 2011

Downloado, logo existo

Há alguns séculos atrás, o matemático e filósofo René Descartes inventou a famosa frase: "Penso, logo existo."
Adaptando-a ao contexto da internet nos dias de hoje, poderíamos dizer: "Downloado, logo existo."
Sim, claro, que atire o primeiro mouse quem nunca fez um download. Pois fiquem sabendo que o simples ato de "entrar" numa página da internet implica em fazer o download de vários arquivos que estão no site da página. Ao acessarmos uma página qualquer na net, estamos fazendo o download de arquivos no formato de texto puro (html, htm, asp, php, xml, js) e possivelmente também de imagens (jpg, gif, png, tiff...), arquivos em flash (swf ou flv), em java (class, jar) etc. Um download não é nada mais do que isto: copiar um arquivo, normalmente através da internet, de um computador qualquer para o seu computador. No caso dos sites, temos máquinas dedicadas exclusivamente a esta função, os chamados servidores. A cópia é necessária para que o navegador possa processar a página a ser visualizada.
Agora, o grande aspecto polêmico dos downloads é que existem sites que armazenam material protegido pelas arcaicas leis de direitos autorais, e há também programas para computador que permitem o compartilhamento e o download deste tipo de mídia.
Arquivos de áudio e vídeo contendo músicas de artistas famosos (ou nem tanto) são facilmente encontrados na internet, seja através de sites de compartilhamento de arquivos como o radipshare, o 4shared, o megaupload etc., seja através de programas de compartilhamento de arquivos como o emule, o ares galaxy, os clientes de bittorrent (utorrent, vuze, bitspirit...), da rede gnutela (shareaza, limewire), das redes de irc etc. 
A grande questão é que as leis de direitos autorais surgiram antes da internet e, portanto, são completamente inadequadas para lidar com a realidade e as possibilidades de reprodução e comercialização de bens culturais na atualidade. Baixar um arquivo no seu computador não deveria ser considerado crime; crime deveria ser só se você obtivesse lucro com esse material, como vender esses arquivos em cd, dvd, e em grande quantidade, caracterizando, assim, uma atividade financeira rentável. Pode até parecer estranho, mas a pirataria muitas vezes ajuda na divulgação de um artista, filme ou software (o Windows com certeza se valeu disso para tornar-se o sistema operacional mais usado no mundo - para piratear o Windows XP bastava um número serial; no Windows Vista e no Windows 7 são geralmente usados programas ativadores, com a desvantagem, entretanto, de que muitos deles contêm cavalos-de-tróia, keyloggers e outros componentes mal-intencionados; nada que torne o sistema inusável, porém eu ficaria receoso de acessar o internet banking, de dentro de um sistema nessas condições; se este for o seu caso, prefira usar o caixa eletrônico, o atendimento por telefone (0800) ou use o Linux para navegar na net e acessar a sua conta). Mas enquanto as leis não mudam e a indústria cultural e do entretenimento não se adapta à realidade da informática e da internet, vamos ver como funcionam alguns programas de p2p (peer-to-peer: par-a-par), que servem tanto para baixar material proibido quanto material permitido, com licenças livres. 
Nos tutoriais: Fazendo mais com seu navegador da internet e O firefox e suas maravilhosas extensões, já vimos um pouco sobre BitTorrent e IRC. Veremos, no próximo tut, como usar o provavelmente terceiro programa mais utilizado na net para se compartilhar arquivos: o Ares Galaxy. Como virtudes do Ares Galaxy, podemos citar a velocidade nas transferências e grande abundância de material compartilhado em países de língua latina (incluindo aí o Brasil, é claro). Não é difícil, por exemplo, encontrar vídeos de desenhos e seriados que já foram ou são sucesso por aqui até hoje: Snoopy, Chaves, Chapolim, Caverna do Dragão etc. Muito fácil de usar, o Ares Galaxy, ao lado do emule e do bittorrent, preenche com competência o vazio deixado pelo saudoso Kazaa, o programa mais popular e com maior abundância de material compartilhado, até há alguns anos atrás. Pelo simplicidade de uso do Ares não tem como não lembrar do Kazaa. Que saudades daqueles bons velhos tempos... 
Ah, uma dica: baixe o Ares do site da sourceforge, que é o site oficial do programa. No sourceforge.net estão hospedados alguns dos mais famosos programas de código aberto da internet. 
Até a próxima.

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