Vendo o noticiário esses dias, não pude deixar de reparar na diferença que existe na justiça de outros países e naquilo que se tem a pretensão de chamar de justiça por aqui. A atriz Lindsay Lohan, condenada a 3 meses de prisão apenas por não ter cumprido o tratamento anti-drogas, por ter sido pega dirigindo alcoolizada e os policiais cariocas que liberaram o autor de um atropelamento mediante pagamento de propina. Se a vítima não fosse uma pessoa famosa, muito provavelmente os policiais não receberiam nenhum tipo de punição, ou, no máximo, seriam afastados temporiamente de suas funções. Em que mundo estamos vivendo, onde há cada vez menos diferença entre a polícia e os bandidos? Há os bons policiais, claro, mas estes, ao que parece, são cada vez mais raros hoje em dia. E o que dizer do ex-goleiro do Flamengo, acusado do assassinato de uma de suas amantes? Se o cara tivesse concordado logo em fazer um teste de paternidade e, eventualmente, assumisse a criança, ele não poderia estar agora ganhando tranquilo os seus 200 mil reais por mês? Mesmo que o juiz estipulasse um valor alto para a pensão que ele teria que pagar à mulher, ele não ficaria pobre por causa disso. Neste Brasil de tantas absurdos, já ninguém mais ousa dizer que o Brasil é o país do futuro. Seria melhor dizer que o Brasil é a terra da corrupção, da brutalidade; onde a justiça só acontece quando a imprensa divulga os fatos.
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