Houve um tempo em que eu acreditava em políticos, advogados, vendedores, executivos, negociantes, Papai Noel, Coelhinho da Páscoa, duendes; enfim, na minha cabecinha de criança todos eram bons e honestos. Mas o encanto desse conto de fadas começou, um belo dia, a se quebrar.
Como acreditar nas leis se, por exemplo, uma pessoa que dirige embriagada pode atropelar várias pessoas e ser inocentada pela justiça e, do outro lado, alguém que compra um animal ameaçado de extinção ou uma planta silvestre é punido com cadeia por prática de crime inafiançável? Então, a vida de uma planta é mais importante que a vida de uma pessoa? Como já diria o grande Renato Russo: "Que país é este?" Tá certo que um ser vivo, seja ele qual for, tem sua importância na manutenção do equilíbrio de um ecossistema, mas daí a considerar punições tão díspares e absurdas para crimes moralmente tão diferentes é um verdadeiro acinte à inteligência e à dignidade humana. Não seria melhor punir os contrabandistas de plantas e animais com trabalho comunitário em instituições que cuidam da preservação dos seres vivos, além, é claro, de multa correspondente ao valor de mercado do contrabando e cursos de conscientização ambiental, que caso não cumpridos - aí sim - seriam punidos com xadrez ? Não é nem preciso ser advogado para pensar em leis mais justas. Além da justiça não punir adequadamente os criminosos, ela ainda cria uma verdadeira indústria do crime, onde a figura do juiz é, na maioria das vezes, a maior responsável pelas decisões de punição ou absolvição - bastante questionáveis em alguns casos, diga-se de passagem. Isso cria uma oportunidade única para se distorcer, corromper e converter em favor próprio as leis. Num país onde o dinheiro quase sempre fala mais alto e onde a corrupção é quase uma característica de nascença do povo, esse modelo de justiça deveria passar por alguma revisão, pois não são apenas as máquinas que precisam de conserto, mas também as pessoas, os valores e os costumes.
Como acreditar nas leis se, por exemplo, uma pessoa que dirige embriagada pode atropelar várias pessoas e ser inocentada pela justiça e, do outro lado, alguém que compra um animal ameaçado de extinção ou uma planta silvestre é punido com cadeia por prática de crime inafiançável? Então, a vida de uma planta é mais importante que a vida de uma pessoa? Como já diria o grande Renato Russo: "Que país é este?" Tá certo que um ser vivo, seja ele qual for, tem sua importância na manutenção do equilíbrio de um ecossistema, mas daí a considerar punições tão díspares e absurdas para crimes moralmente tão diferentes é um verdadeiro acinte à inteligência e à dignidade humana. Não seria melhor punir os contrabandistas de plantas e animais com trabalho comunitário em instituições que cuidam da preservação dos seres vivos, além, é claro, de multa correspondente ao valor de mercado do contrabando e cursos de conscientização ambiental, que caso não cumpridos - aí sim - seriam punidos com xadrez ? Não é nem preciso ser advogado para pensar em leis mais justas. Além da justiça não punir adequadamente os criminosos, ela ainda cria uma verdadeira indústria do crime, onde a figura do juiz é, na maioria das vezes, a maior responsável pelas decisões de punição ou absolvição - bastante questionáveis em alguns casos, diga-se de passagem. Isso cria uma oportunidade única para se distorcer, corromper e converter em favor próprio as leis. Num país onde o dinheiro quase sempre fala mais alto e onde a corrupção é quase uma característica de nascença do povo, esse modelo de justiça deveria passar por alguma revisão, pois não são apenas as máquinas que precisam de conserto, mas também as pessoas, os valores e os costumes.
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